sábado, 27 de setembro de 2025

QUATRO CARACTERÍSTICAS DA UNIDADE DA IGREJA FP.2.2

 Introdução: A unidade da Igreja é um tema central nas Escrituras, sendo a base para uma convivência harmônica e frutífera entre os irmãos em Cristo. Um dos principais inimigos entre os cristãos é a tendencia natural das pessoas de promover seus próprios pontos de vista e opiniões.  Em Fp.2.2, o apóstolo Paulo nos exorta a estar "unidos de alma, tendo o mesmo amor, um só espírito e o mesmo sentimento”

1. O MESMO PENSAMENTO FP.2.2

A unidade da Igreja começa pela mente. Quando pensamos de maneira semelhante, alinhamos nossas ações e objetivos. Paulo nos chama a pensar "a mesma coisa", ou seja, a deixar de lado as divergências que podem dividir e enfraquecer a Igreja. Devemos ter o mesmo foco, que é Cristo.

a) Pensar a mesma coisa – Em Cristo, temos um propósito comum. Nossa mente deve estar alinhada com a vontade de Deus, deixando as opiniões pessoais de lado para buscar a edificação mútua e o avanço do Reino.

b) Deixar de lado as divergências – Diferenças de opinião sempre existirão, mas devemos buscar a paz e a reconciliação.

        I.            As divergências trazem consequências:

                                  i.            Consequências negativas: divisão, escândalo, enfraquecimento da igreja diante do mundo ICo.1.10-13 o culto da divergência.

a.      Personalista. Alguns são fãs de Paulo; outros de Apolo; outros de Simão Pedro ICo.1.10-12.

b.     O assunto da discussão girava em torno de quem o batizou ICo.1.14-16.

                                ii.             Não podemos permitir que pequenos desentendimentos tragam divisão.

                              iii.            Como Paulo escreve em Ef.4.3, "esforcem-se para manter a unidade do Espírito pelo vínculo da paz".

c) Ter o único foco em Cristo FP.3.12,13 – O foco de todo cristão deve ser Cristo, o que Ele fez por nós e o que Ele ainda quer fazer em nós. Quando nosso olhar está voltado para Ele, as diferenças de opinião e as tensões diminuem.

Exemplo: Judá IICr. 30.12 e Jr.32.29 – Judá se uniu no propósito de celebrar a Páscoa, apesar das diferenças. A unidade foi mais forte do que a divisão, e Deus os abençoou.

2. O MESMO AMOR FP.2.2

A unidade verdadeira não pode existir sem amor. O amor que Paulo descreve é um amor genuíno e sacrificial, que se expressa em ações e atitudes.

a)   O amor cordial – Rm.12.10 – O amor na Igreja deve ser genuíno e demonstrado em atitudes. Um amor cordial, que não apenas fala, mas age em favor do próximo, cuidando e servindo.

                                i.            Suportar uns aos outros Rm15.1

                              ii.            Agradar uns aos outros Rm.15.2

                            iii.            Acolher uns aos outros Rm.15.7

                            iv.            Exortar uns aos outros Rm.15.14

                              v.            Ajudar uns aos outros Rm.15.27

                            vi.            Orar uns pelos outros Rm.15.30

                          vii.            Amar uns aos outros Rm.12.10

b)   Quem ama não pratica o mal contra o próximo – Rm.3.10 – Quem ama não prejudica o outro, não busca o mal. O amor nos impulsiona a viver de maneira justa e reta.

c)    O amor é efetivo – Ico.16.14 – O amor que é genuíno se traduz em ações concretas. Ele é prático e tem o poder de transformar realidades.

d)    A unidade efetiva faz tudo por amor e não por obrigação – Quando a motivação é o amor, qualquer sacrifício é prazeroso. Não fazemos nada por obrigação, mas por amor a Cristo e ao próximo.

e)   O amor deve ser crescente – ITs.3.12 – O amor é algo que deve crescer continuamente. Ele nos transforma e nos torna mais semelhantes a Cristo.

3. UNIDOS DE ALMA FP.2.2

A unidade da Igreja não é apenas algo superficial, mas algo que nasce do coração. A paz que vem de Cristo deve ser o elo que une os cristãos em um só espírito.

a) Unidos pela paz – Ef.4.3 – A paz é o fundamento da unidade. Em Cristo, temos a verdadeira paz, que transcende qualquer conflito ou dificuldade. Devemos buscar manter essa paz em nossos corações e em nossas relações.

i. União que brota do interior – A verdadeira unidade vem do interior do ser humano, do coração transformado pelo Espírito Santo. A paz de Cristo, então, deve governar nossas atitudes.

ii. Unidos em um só espírito – At.2.43 – Desde o início da Igreja, os cristãos estavam unidos em um só espírito, movidos pela presença do Espírito Santo. Essa unidade espiritual nos fortalece e nos torna uma Igreja viva e vibrante.

4. O MESMO SENTIMENTO FP.2.2

A unidade também é alimentada pelo mesmo sentimento. Nossos sentimentos, pensamentos e atitudes devem ser moldados por Cristo, para que possamos viver em harmonia uns com os outros.

a) Olhos iluminados – Ef.1.18 – Quando nossos olhos são iluminados pelo Espírito Santo, vemos as coisas do ponto de vista de Deus. Isso nos dá uma compreensão mais profunda da vontade de Deus e nos ajuda a viver em unidade.

b) Ouvidos abertos – Is.50.4 – Devemos estar dispostos a ouvir a voz de Deus e a voz dos nossos irmãos. A unidade se constrói quando estamos dispostos a ouvir, aprender e compreender uns aos outros.

c) Cheio de louvor - Sl51.15; 34:1 – A unidade é também alimentada pelo louvor. Quando adoramos a Deus juntos, nossos corações se conectam, e a unidade se fortalece.

d) Coração limpo – Mt.5.8 – A pureza de coração é essencial para a unidade. Quando nossos corações são limpos de todo egoísmo e malícia, a verdadeira unidade pode florescer.

e) Agradáveis a Deus - PV.11.20 – Deus se agrada da unidade entre os irmãos. Quando vivemos em unidade, estamos refletindo o caráter de Cristo e glorificando a Deus.

Conclusão: A unidade da Igreja não é algo que conseguimos por nossos próprios esforços, mas algo que o Espírito Santo realiza em nós. Como cristãos, somos chamados a ter o mesmo pensamento, o mesmo amor, estar unidos de alma e ter o mesmo sentimento. Que possamos viver em unidade, para que o mundo veja em nós o amor de Cristo e glorifique a Deus.

REFERÊNCIAS

 

Erivaldo, Jose de Jesus – 366 SERMÕES BIBLICOS VOL 2 – INTELIGENCIA BIBLICA

Stamps, Donald. C, - BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL EDIÇÃO GLOBAL - CPAD

Willmington, Harold – A BIBLIA EM ESBOÇOS – HAGNOS 


sábado, 20 de setembro de 2025

ELIZEU: UM VERDADEIRO HOMEM DE DEUS IIRS.4.8,9

 Introdução: este texto nos revela o testemunho que a mulher Sunamita deu de Elizeu. O reconhecimento como homem de Deus. A Sunamita preparou um quarto para Elizeu onde se encontrava quatro objetos: cama, mesa, cadeira e candeeiro.

A história da Sunamita e Elizeu destaca a importância de diferentes objetos simbolizando aspectos espirituais essenciais na vida cristã. Aqui está uma síntese dessa simbologia:

1.    Cama – Descanso espiritual Mt.11.28 e Hb.4.9 Significa descansar na graça e na paz de Deus, confiando em Sua misericórdia e repousando nas promessas de Jesus. O descanso espiritual é uma nova forma de viver alivio, paz e confiança no cuidado de Deus. 

a)    O descanso do cansaço humano.

                                               i.          Físico

                                             ii.          Emocional

                                           iii.          Peso do pecado Rm.3.23

2.    Mesa – Comunhão com Cristo Sl.23.5 e Jo.21.12 Representa a convivência íntima, comunhão e relacionamento contínuo com Jesus. A mesa simboliza a comunhão diária e o alimento espiritual.

a)    A mesa fala de intimidade e comunhão

b)    Provisão e cuidado

c)     E lembra a ceia do senhor ICo.10.16,17

3.    Cadeira – Ensino e aprendizado Lc.10.39 O lugar do ensino, da instrução na Palavra de Deus, assim como a cadeira do professor, aponta para a importância de aprender e passar o conhecimento espiritual.

a)    Exemplo Maria em Betania, assentar-se aos pés de Jesus e ouvir era a postura de um discípulo comprometido.

4.    Candeeiro – Testemunho Mt.5.14, IICo.4.15 O candeeiro ilumina e revela a presença de Cristo em nossas vidas, simbolizando o testemunho que devemos dar ao mundo, sendo luz para outros.

a)    O candeeiro é portador da luz

                                               i.          O cristão reflete a luz de Cristo Jo.8.12

                                             ii.          O testemunho do cristão deve ser visível em todos os lugares, no trabalho, na igreja e na sociedade.

                                           iii.          O cristão deve ser coerente entre o que prega e o que vive.

                                           iv.          O candeeiro não existe para si mesmo, mas para iluminar o ambiente

                                             v.          O cristão não vive para engrandecer a si mesmo, mas para que as pessoas glorifiquem a Deus Mt.5.16

Conclusão: Esses objetos juntos representam uma vida equilibrada e fundamentada na fé: descanso, comunhão, ensino e testemunho.

 

REFERÊNCIAS

Brinke, Georg – A BIBLIA DO PREGADOR – ESPERANÇA

Erivaldo, José de Jesus – 366 ESBOÇOS SOBRE PERSONAGENS BIBLICOS DA BIBLIA – INTELIGENCIA BIBLICA

 

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domingo, 14 de setembro de 2025

SETE COLUNAS DA SABEDORIA PV.9.1

Introdução: A Sabedoria de Deus. Em Provérbios 9:1, lemos que a Sabedoria edificou sua casa sobre sete colunas. Esse número simboliza plenitude, perfeição. Mas que colunas são essas? O que sustenta a verdadeira sabedoria? Vamos explorar sete fundamentos bíblicos que representam essas colunas.

1.   TEMOR DO SENHOR PV.9.10

a)    A palavra temor no hebraico é “Yirah” que pode significar tanto medo como reverencia, respeito profundo, admiração e submissão à autoridade Deus.

                                               i.          Respeito reverente por Deus

                                             ii.          Reconhecimento de sua Santidade, justiça e poder

                                           iii.          Desejo de viver em obediência a Ele, não por medo de punição, mas por amor, reverencia e confiança.

b)    A base de toda sabedoria começa com reverência, respeito e obediência a Deus. Não é medo, mas temor santo. Sem isso, toda construção é instável.

c)     Temer a Deus é o primeiro passo para uma vida sabia Pv.1.7

2. CONHECIMENTO DA PALAVRA IITM.3.16

a)    A sabedoria não vem de filosofias humanas, mas da Palavra viva de Deus. Quem medita nela dia e noite é como árvore plantada junto às águas.

                           i.          Leitura constante da palavra Js 1.8

                         ii.          Habitat da palavra de Deus Cl.3.16

                       iii.          Dedicação a leitura da palavra de Deus ITm.4.13.

                       iv.          A pratica da leitura e ensinamentos da palavra de Deus Ed.7.10

3. OBEDIÊNCIA TG.1.22

a)    Saber não é suficiente. Sabedoria verdadeira se manifesta em ação, em obediência prática ao que Deus nos manda.

                           i.          As nossas ações são muito mais importantes que as nossas palavras, quando permitimos que as Escrituras criem raízes em nossa própria vidaTg.1.21

4. HUMILDADE PV.11.2

A humildade, a luz das Escrituras, é uma disposição do coração que reconhece a própria limitação e a independência de Deus, é colocar a vontade de Deus acima da nossa.  

a)    A soberba precede a ruína, mas os humildes aprendem, crescem e são exaltados. A sabedoria não habita em corações arrogantes

b)    “Ficando de lado o orgulho e a autossuficiência” (Bíblia de estudo Holman).

c)     Deus se opõe a soberba Tg.4.6

5. DISCERNIMENTO ICO.2.15

a)    Saber o que é certo e errado, o que vem de Deus ou não, é essencial. O discernimento nos guarda de armadilhas espirituais.

                           i.          As armadilhas espirituais são sutis, e muitas vezes disfarçadas “boas oportunidades”, “ideias modernas”, ou “caminhos fáceis”.

Vejamos algumas delas:

Ø Falsos ensinos – Doutrinas que distorcem a palavra de Deus IICo.11.14

Ø Relativismo moral – Quando tudo é “normal” e o certo e errado se tornam subjetivos

Ø Pressões culturais e sociais – O mundo tenta moldar o crente à sua imagem Rm.12.2

Ø Isolamento espiritual – Crentes que se afastam da comunhão e tonam-se presas fáceis

Ø Orgulho espiritual – Quando alguém pensa que está “forte demais para cair”, mas se torna cego.

6. PACIÊNCIA PV.16.32

a)    A sabedoria sabe esperar o tempo de Deus. A paciência evita decisões precipitadas que podem causar grandes danos.

                           i.          A paciência não é apenas qualidade humana, mas resultado da ação do Espirito santo Gl.5.22

                         ii.          O cristão paciente confia e espera no tempo de Deus Sl.40.1

b)    A paciência nas provações Tg.1.2-4:

                           i.          As lutas produzem perseverança e maturidade espiritual Gl.5.22

                         ii.          O sofrimento não nos destrói, mas nos molda Ex. José Gn.50.20

c)     Os cristãos devem ter paciência nos relacionamentos Ef.4.2, Cl.3.12,13

                           i.          Devemos suportar uns aos outros em amor

                         ii.          A paciência nos deixa mais parecido com Cristo, que foi manso e humilde de coração

                       iii.          Sem paciência não há uma verdadeira comunhão cristã.

7. AMOR TG.3.17

a)    Sem amor, tudo perde o valor. A sabedoria divina é prática, compassiva e voltada ao bem do próximo.

b)    O amor perdoa Mt.9.6

c)     O amor reconcilia Rm.5.10

d)    O amor protege Sl. 40.1

e)    O amor socorre Sl.121.1,2

 

Conclusão: A casa da sabedoria está firmada em colunas sólidas. Quem edifica sua vida sobre esses fundamentos, será inabalável diante das tempestades. Como Jesus disse: “Todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha Mt.7.24.”

 

REFERÊNCIAS

Nunes, Jesiel Gomes – ONDE ENCONTRAR NA BIBLIA – CENTRAL GOSPEL

Pinheiro, Erivaldo de Jesus – BIBLIA DO PREGADOR PENTECOSTAL - SBB